Nesta
edição do Rondon, “Operação Açaí, os alunos de Comunicação Social da UCB saíram na frente na cobertura do Projeto
Equipe Açaí |
Desde 2005, a Universidade Católica de Brasília (UCB) vem atuando com alunos e professoras no Projeto Rondon. O Rondon tem como objetivo propiciar a participação efetiva dos alunos de diversos cursos e desempenhar as atividades aprendidas em diferentes áreas do conhecimento, além de apresentar aos alunos diferentes realidades para uma maior sensibilização social. O Projeto é coordenado pelo Ministério da Defesa (MD), do Governo Federal Brasileiro em parceria com a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), foi criado durante a Ditadura Militar em 1967 para promover a extensão universitária No ano de 1989, foi interrompido e retomado em 2005 a pedido da União Nacional dos Estudantes (UNE).
“O Rondon propicia ao estudante conhecer outras realidades” diz o professor Sérgio, que também acompanhou em uma das operações realizadas. Neste ano, uma das operações foi destinada a região Norte do país, no Pará. Foram enviados alunos dos cursos de medicina, jornalismo, nutrição, educação física, biomedicina, e psicologia que representaram e atuaram como exercício os aprendizados de sala de aula podendo levá-los com prática para comunidades afastadas.
Na edição “Operações Açaí” os
alunos do curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Brasília saíram
na frente. Estudantes das duas habilitações, tanto jornalismo quanto
publicidade são os pioneiros na cobertura do Projeto.
Em praticamente duas semanas
de operação e mesmo com largas horas de viagem e suas dificuldades os “Rondonistas”, como são chamados tiveram contatos com culturas diferentes,
histórias, e muitas trocas. Poderam experimentar a simplicidade, e riqueza cultural do povo do Pára deixando
como aprendizados ações mais humanitárias para a vida acadêmica e profissional.
Augusto Dauster, aluno do 7° semestre, do
curso de Comunicação Social-jornalismo da UCB, fala em entrevista um pouco de
sua experiência na Operação Açaí, no Pará.
Revista Camanga: Qual
foi a sua melhor experiência na “Operação Açaí?
Se for para destacar a experiência da
qual mais gostei, com certeza serão os três dias que passei à bordo do Navio
Pará (maior navio de água doce do Estado), acompanhando a ação da Aciso em São
José da Boa Vista, na ilha do Marajó. Além de conhecer a ilha que por si só é
um paraíso, apesar de toda a miséria e descaso político com a região, tive a
oportunidade de conhecer melhor a população e o trabalho desenvolvido pela
marinha. Fui muito bem recebido pelos marinheiros e confesso que meu desejo era
de continuar com a embarcação.
Revista Camanga: O que você traz de positivo
desta experiência?
Além de um maior aprofundamento
cultural sobre o Pará, mudei bastante minha visão política e social acerca das
forças armadas. Como estudante, foi um maravilhoso aprendizado, até por ter
contado com a ajuda de um professor de fotografia que me ajudou muito a crescer
na área. Como fotógrafo foi uma experiência rica e produtiva da qual não
gostaria de ter saído.
Revista Camanga: O que muda após a
Operação do Projeto Rondon?
Objetivamente, pouca coisa. A miséria
ainda é a mesma e o descaso político com a região também. Também não direi que
passei a me preocupar mais com questões sociais, pois essas já era uma grande
preocupação que possuia. No entanto, foi um processo de maturação pela qual
passei que acredito me ajudou bastante, assim como foi com os demais estudantes
com os quais conversei.
Revista Camanga: Qual o valor do Projeto
Rondon para a vida profissional?
Gigantesco. Lá, apesar de ser um
estudante de jornalismo, eu era o fotógrafo. Sem mais nem menos, sem passar a
mão na cabeça, eu tinha um trabalho e uma missão para cumprir e não houve
alívio. Poucas horas de sono e um trabalho intenso, creio que foi um grande
aprendizado.
Nayara de
Andrade