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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Escola do DF testa chip em uniforme escolar


EDUCAÇÃO


Teste é feito com alunos do Centro de Ensino Médio 414 de Samambaia.

 

O mês de outubro de 2012 termina com uma novidade no Centro de Ensino Médio 414 de Samambaia, no Distrito Federal: alunos do 1º ano do Ensino Médio testam um sistema eletrônico que registra o momento em que eles entram na instituição e deixam o local. O controle é feito por meio de um chip aplicado ao uniforme.
 
Alunos do Centro de Ensino Médio 414 de Samambaia usam uniforme que registra presença dos estudantes na escola

 A presença é registrada automaticamente, no momento que os estudantes cruzam o sensor instalado na entrada da escola. Além de os dados ficarem guardados em um sistema acessado pela direção da escola, os pais dos estudantes recebem mensagem por celular avisando do horário de entrada e saída.

 “Estávamos tendo problemas com a saída antecipada de alunos. Já tínhamos tentado outras opções para lidar com esse problema, mas eles sempre davam um jeito de driblar. Foi quando vi uma reportagem sobre experiência semelhante em uma escola em Vitória da Conquista, na Bahia”, conta a diretora da escola, Remísia Tavares.

 A tecnologia utilizada é a de identificação por radiofrequência, mesma tecnologia utilizada em pedágios em São Paulo e supermercados fora do Brasil que a usam para somar o valor dos produtos colocados no carrinho, automaticamente, antes da chegada ao caixa.

 Mesmo equipado com o chip, o uniforme pode ser lavado e passado sem causar dano ao equipamento e o sistema não altera muito o custo do uniforme.

 Para a diretora do Centro de Ensino Médio 414 de Samambaia, o sistema permite uma aproximação dos pais com o dia a dia dos estudantes. “O sistema não comunica só entrada e saída dos alunos, mas pode avisar também da entrega de boletins. Dessa forma, a gente consegue informar os pais rapidamente sobre o que acontece dentro da escola”, fala Remísia Tavares.
 
A Secretaria de Educação não foi a idealizadora da experiência em Samambaia, mas estuda, a partir de agora, um sistema único para todas as escolas públicas do DF. O uniforme com o chip pode ser a opção adotada, desde que apresente resultados satisfatórios

 

Anna Cristina de Araújo Rodrigues

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A psicologia da religião teve espaço aberto para debate durante evento na Universidade Católica de Brasília – UCB

EDUCAÇÃO
Do dia 12 a 14 de outubro a UCB serviu como sede para o VIII Seminário de Psicologia & Senso Religioso.

Auditório do Bloco M
Foto: Marla Marçal

O evento, que acontece desde 1998, está em sua oitava edição e pela primeira vez aconteceu em Brasília. A necessidade de criar o seminário nasceu no simpósio em Gramado, RS, a partir da percepção de como o tema “religião” era pouco discutido no Brasil.
O GT, grupo de trabalho, que pertence a Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia – ANPEPP surgiu com o intuito de pesquisar o comportamento religioso em Universidades, inicialmente na Universidade de São Paulo, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a Universidade Federal de Minas Gerais e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Logo depois se uniram à Universidade de Brasília, Universidade Metodista de São Paulo, e a Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto.
Jeremy Carrette
Foto: Marla Marçal
O tema debatido na edição deste ano foi a “Psicologia da Religião no Mundo Ocidental Contemporâneo: Desafios da Interdisciplinaridade” e recebeu conferencistas do Brasil e do mundo como: Jeremy Carrette, Inglaterra. Denise Jodelet, França e Charles Watters, Estados Unidos.
A professora Luciana F. Marques da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, afirma que as pesquisas relacionadas à psicologia da religião têm crescido no país por meio de dissertações de mestrado e algumas teses de doutorado, mas ainda são poucas as universidades brasileiras que abordam esse tema como disciplina. Para Luciana é muito importante o estudo desse campo pelos psicólogos devido à religiosidade brasileira ser muito forte. “Os psicólogos vão se deparar com problemas religiosos ou espirituais e não estão preparados para lidar com isso”, preocupa-se. Ela completa dizendo que muitos problemas podem não ser esquizofrenias e sim algo de ordem espiritual, e o profissional precisa entender do que se trata. Esse entendimento acontece através de pesquisas e grupos que estudem o assunto.

Além dos pesquisadores, muitos estudantes estiveram presentes apresentando seus trabalhos, entre eles, a estudante alemã, Mirjam Amberge, que está no Brasil para fazer um estudo comparativo entre os dois países, abordando os valores e orientações religiosas na adolescência. Passaram pela UCB, durante os três dias de evento, cerca de 180 pessoas.
Jusciane Matos

Perfilando: Aline Gonçalves Dias

EDUCAÇÃO

Aline é uma das estudantes, entre milhares, que com a ajuda do Pro-Uni escreveu um final diferente para a sua história.
 
Hoje conhecemos alguém que nos fez repensar sobre o sentido da vida e refletir sobre como convivemos com pessoas, sem, de fato, conhecê-las. Afinal, como poderíamos imaginar que aquela pequena menina, metida a “Luluzinha”, dos cabelos enrolados, vestidinho solto e opinião formada sobre quase tudo, poderia guardar uma história tão incrível e o melhor de tudo, tão próxima e real.

Aline Gonçalves Dias, 23 anos, emergiu de qualquer forma de determinação social. Com apenas 12 anos já era uma leitora voraz e decidiu que seria jornalista, a partir daí, passou a traçar o seu próprio destino. Nessa idade, inspirada pelas próprias histórias que lia, escreveu um livro à mão de 100 páginas sobre uma história de amor quase impossível, entre uma moça rica e um homem pobre, morador, de sua cidade natal, Ceilândia.

A menina que carrega um sobrenome de poeta, por coincidência ou ironia do destino, conta que, quando criança, era comum ir a bibliotecas públicas, procurar a ala de Jornalismo e se debruçar nos livros. Foi em uma dessas visitas, que conheceu os livros de Ricardo Kotscho, o jornalista que mais influenciou sua escolha pela profissão. “Ele tem um jeito humano de lidar com os fatos e um modo de escrita envolvente, é uma pessoa que vive a sua profissão de forma admirável”, afirma ela.
Aline, no dia da sua formatura

Criada apenas pela mãe, que sempre trabalhou em casas de família, Aline é a primeira e a única da sua família inteira a ter o Ensino Superior e atribui essa vitória ao ProUni (Programa Universidade para Todos). Ela conta que sempre estudou em escolas públicas e ao terminar o Ensino Médio prestou vestibular para a UnB por quatro vezes para Comunicação Social, mas não obteve a aprovação. No ano de 2008, fez o Enem e com a sua nota conseguiu uma bolsa de 50% na FACITEC (Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas). No segundo semestre de 2011 se formou em jornalismo, tornando-se motivo de orgulho para sua família e um exemplo para todos os brasileiros.

Competente e centrada, ela consegui um emprego, antes mesmo de se formar. Há um ano e meio, trabalha em uma empresa de Produção Editorial, na área de marketing digital, escrevendo conteúdo para sites de diversos assuntos. Aline já escreveu em média 20 sites, com destaque para o site http://dancas-tipicas.info/ que recebe mais de 50 mil visualizações por mês.

E não pense que a energia dessa menina para por aqui. Ela é formada em Espanhol pelo CILT  (Centro Interescolar de Linguas de Tecnologia) e se forma ano que vem em Francês. Aos sábados, ministra aulas de Espanhol como voluntária na Igreja Católica em que frequenta. E nas horas vagas, faz o que mais ama, escreve resenhas dos seus livros favoritos em seu Blog sobre livros e viagens.
        
Mesmo com tantas tarefas, ainda lhe sobra tempo para sonhar. Na vida profissional como palmeirense e apaixonada por futebol, Aline almeja trabalhar como jornalista esportiva, escrevendo para colunas em revistas ou sites. Na vida pessoal, sonha em conhecer Buenos Aires e relatar todas as suas experiências pessoais em seu blog.
 
 
 
Anna Karlla e Renata de Paula

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Enade: O método de avaliação possui falhas

EDUCAÇÃO

Depoimentos comprovam que o sistema de avaliação do Enade, aplicado para medir a qualidade do Ensino Superior no Brasil, pode ser falho.



Em meio a políticas públicas que facilitam o ingresso dos estudantes ao Ensino Superior, o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) surge como um dos parâmetros para avaliar e medir a qualidade das Instituições de Ensino Superior e o conhecimento dos alunos que estão prestes a se formar. Cada curso é avaliado de três em três anos e participam das provas os alunos ingressantes e concluintes. Nas provas, são avaliados os conteúdos pragmáticos dos cursos em que estão matriculados, atualidades brasileiras, conhecimentos gerais e específicos, além da própria prova e a instituição do aluno.

Neste ano, a prova ocorrerá no dia 18 de novembro e avaliará os cursos de bacharelado em Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Comunicação Social, Design, Direito, Psicologia, Relações Internacionais, Secretariado Executivo, Turismo e os cursos tecnológicos de Gestão Comercial, Gestão de Recursos Humanos, Gestão Financeira, Logística, Marketing e Processos Gerenciais. A pergunta que não se cala, entretanto, é se o resultado do exame realmente funciona como um espelho dos cursos, ou se há alguma forma de burlar esse sistema.


Polêmica

Thiago Soares de Araújo é estudante de publicidade do sétimo período da Universidade Católica de Brasília. Como um aluno concluinte, ele fez o exame em 2009, quando estava no segundo semestre, e o fará novamente este ano. Ele conta que a nota da universidade no último ano foi ruim e atribui isso a uma atitude de boicote de grande parte alunos do próprio curso. “Eles não gostaram do fato de terem sido obrigados a fazer a prova e decidiram boicotar, fizeram sem levar a sério, responderam de qualquer maneira e foram embora”, afirma o estudante. Neste ano, ele diz que está havendo uma maior mobilização por parte dos professores sobre a importância da avaliação e as consequências negativas para o curso se os resultados forem ruins mais uma vez: o curso terá que ser fechado para vestibular e as bolsas de estudos estarão em risco.

Lunde Braghini, professor do curso de Comunicação Social da UCB, afirma que é politicamente a favor do Enade, mas não desconhece as suas falhas. Segundo ele, há a possibilidade de uma instituição burlar o sistema, selecionando apenas os seus melhores alunos, ou seja, os que têm melhor rendimento, para fazer o exame. Ele acredita que a avaliação deve ser tratada com seriedade para qualquer curso, pois formar um jornalista sem senso crítico e responsabilidade social é tão sério quanto formar um médico sem capacitação adequada.

Confira aqui mais informaçõs sobre o Enade 2012. 
 
Renata de Paula e Júlia Amarante
 

O que alguns alunos fizeram enquanto as universidades estavam em greve?

EDUCAÇÃO

Depois de 5 meses sem aulas, a UnB e outras universidades federais  retomaram as suas atividades do primeiro semestre nesse mês de outubro, após os professores terem entrado em greve. Enquanto os docentes reivindicaram por melhorias no seu salário, os alunos tiveram que achar algo para fazer, sem comprometer seu horário acadêmico por estarem dependentes do fim da greve.


Fellype Levi, estudante de Engenharia da UnB, disse que tentou colocar a matéria que vinha estudando em dia, mas tem consciência de que será prejudicado e o calendário de 2013 não será do jeito que espera. Já Marcus Rodrigues, que também estuda na UnB, disse: "É importante que os professores lutem por melhores salários e que procurem melhores condições de trabalho, já que existem funcionários de nível médio no Senado, por exemplo, que recebem mais que professores com doutorado. Mas quase 4 meses de greve atrapalha a vida de todo mundo. O Governo Federal deveria ter dado mais atenção à greve para não deixar que fossemos prejudicados dessa maneira. Na última grande greve, viajei para o Maranhão e com uma semana que estava lá a greve acabou. Também teve um caso de uma amiga que conseguiu um estágio durante a greve e teve que contar com o bom senso da professora para não ser reprovada por não poder vir as aulas que foram repostas".
 

Já Rafael Lustosa, estudante do 2º semestre de engenharia de produção da UFMG, aproveitou o tempo sem aula de um jeito mais produtivo, sem deixar sua paixão de lado. Foi assistir no estádio Independência  os jogos do seu time, Atlético-MG, e fez um curso de Excel, para reforçar o que aprendeu até então no seu curso. "Tenho amigos que pagam caro em universidades privadas, mas irão se formar no tempo estabelecido. Já nós vamos atrasar anos até a nossa formação". O estudante ainda ressalta que é com o tempo improdutivo que eles pagam um preço caro, enquanto outros amigos de universidades privadas terão seu curso concluído no período certo.
 
 
 
Renato Gomes

Estágio - Fazer ou não fazer? Eis a questão

EDUCAÇÃO

 
Os primeiros semestres de um estudante da graduação são os mais tortuosos do curso por causa da ansiedade em colocar a mão na massa. Tudo é muito novo, as disciplinas são básicas e o que mais se espera é ter logo contato com a profissão. E eis que aparece um estágio.
 
O estágio não é um emprego. De acordo com o a Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008, é uma ação que deve estar englobada no projeto pedagógico do curso e o estudante só pode desenvolver atividades que estejam relacionadas com sua área de estudo. A carga horária não deve ultrapassar 30 horas semanais.
 
Esse é o primeiro contato do estudante com o mercado de trabalho. Mas, infelizmente, nem todo estudante tem conhecimento da lei, afirma Wagner Alves Soares, gestor do projeto empregabilidade – PROJEM – da Universidade Católica de Brasília, onde trabalha com estágios há sete anos. Para o gestor, a falta de conhecimento é uma pena porque a lei resguarda o estudante, a universidade e as empresas de muitos transtornos possíveis, como o uso do estagiário como mão de obra barata.
 
A estudante de psicologia Fabíola Vieira Leite, do 8º semestre, concilia as atividades de estágio e a universidade, mas acha cansativo. Ela acredita que essa rotina tem duas vertentes: de certa forma, atrapalha o rendimento em sala de aula. Por outro lado, ajuda a conhecer na prática o que, nas aulas, é muito teórico. A respeito da lei de estágio, diz que conhece apenas a parte que garante o direito a diminuir a carga horária pela metade em dias de prova.
 
Não dá para negar que essa experiência é fundamental na formação profissional. Se o estudante não passa por esse processo, fica em desvantagem. O conhecimento teórico não é o único tipo de formação válida. É necessário aprender na prática, no dia a dia, até mesmo para ter contatos futuros que culminem em chances de ingressar no mercado com mais facilidade.
 
É importante que o próprio estudante procure suas oportunidades de ingresso no mercado e não fique apenas esperando que a instituição de ensino ou agentes de integração, como o CIEE, ofereça vagas. É uma oportunidade de aparecer, se mostrar para o mercado.
 
Muitos estudantes são contratados pelas empresas onde estagiam. As vagas mais concorridas são as da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e não só por causa da bolsa, mas também pela oportunidade de contatos que futuramente poderão auxiliar em uma ascensão profissional.
 
Uma modalidade de estágio bastante visada é o estágio trainee, em que as empresas recrutam os estudantes dos últimos semestres e preparam para serem gerentes. É o caso da Ambev. Seus trainees são enviados para uma temporada de seis meses em sua fábrica na Alemanha, onde recebem formação direcionada para a área em que atuarão. Mas, para concorrer a esses programas, o estudante precisa ser o melhor do curso e falar no mínimo dois idiomas: inglês e espanhol. Os trainees nem sempre são escolhidos por curso, mas por estudante. O potencial individual do escolhido é o determinante nessa escolha.

Estágio obrigatório e não obrigatório. Quem é quem? No estágio obrigatório, o máximo de experiência que se tem é de seis meses e consta na grade curricular do aluno. É supervisionado pelo curso e tem um professor porque é uma disciplina. Já o obrigatório pode durar até dois anos, é supervisionado por um professor orientador para que o estudante só atue em áreas afins com seu curso e o estagiário recebe uma bolsa para estagiar.

Diane Pereira, 21 anos, estudante de Letras Inglês, 5º semestre, da Universidade Católica de Brasília, e Nicolas Anderson Elias, 20 anos, estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, 5º semestre, do Instituto Nossa Senhora de Fátima, nunca fizeram estágio e acreditam que serão prejudicados futuramente por falta de experiência. Diane receia ser prejudicada na hora de ir para o mercado de trabalho porque não estagiou: “o estágio vai te preparar para o mercado de trabalho, pelo menos dar um noção do que a vida te reserva”. Nicolas Anderson também teme a falta de experiência, mas não conseguiu nenhum estágio ainda.
 
Estagiar é muito importante, mas essas atividades não podem interferir no rendimento acadêmico. Ele serve para que o estudante entenda, na prática, o que aprende em sala de aula. É imprescindível que o estagiário entenda essa importância para não passar muito tempo em lugares onde não realiza atividades afins com seu curso.
 


 

 
Jusciane Matos

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas

EDUCAÇÃO


Em ano de olimpíadas, só se fala em competições, provas e medalhas. Este ano, em Londres, o Brasil conquistou 17 medalhas nas Olimpíadas: 3 de ouro, 5 de prata e 9 de bronze, superando o seu recorde de pódios, que era de 15 medalhas; e 43 medalhas nas Paralimpíadas: 21 de ouro, 14 de prata e 8 de bronze, também o melhor resultado de nossos paratletas.

Mas há outra categoria de atletas que tem batido recordes muito mais significativos para o país e mesmo assim continua longe da mídia: são os participantes da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), que, desde 2005, vêm participando de provas anuais e conquistando medalhas e muito conhecimento matemático.

Uma dessas atletas é a brasiliense Marina Martins de Miranda, 18 anos, que participa das Obmep desde 2006, ano em que ganhou medalha de ouro. De lá para cá, ganhou prata em 2007, bronze em 2008, menção honrosa em 2009, bronze em 2010 e ouro novamente em 2011.

Com a medalha de outro de 2011, Marina encerrou sua participação na Obmep, pois concluiu o ensino médio e passou no vestibular da UnB para o curso de Engenharia da Computação. Fez um semestre do curso, trancou matrícula e está se preparando para concorrer a uma vaga no ITA.

Outro desses atletas é Gabriel Martins de Miranda, 16 anos, irmão de Marina. Gabriel já ganhou uma medalha de ouro e três de bronze. Agora é aluno do 2º ano do Ensino Médio e, em 2012, não foi selecionado para a Obmep. Espera participar em 2013 e passar no vestibular da UnB para Engenharia da Computação.

Marina foi aluna do Colégio Militar de Brasília, onde Gabriel ainda estuda. “Eu estudava no Colégio Militar e lá o povo é muito bom na matemática”, conta Marina. Para Gabriel, “A Obmep é uma iniciativa muito boa, porque estimula os estudantes a se dedicarem mais, principalmente à matemática.”

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas é promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e pelo Ministério da Educação, e realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e das secretarias de educação estaduais e do Distrito Federal. Seu objetivo é incentivar o ensino de matemática e descobrir talentos entre estudantes das escolas públicas brasileiras, tanto do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) quanto do Ensino Médio (1º ao 3º ano)

A Obmep vem crescendo a cada ano, como mostram os números de inscrições desde 2005. Em 2012, para a 8ª edição da Obmep, quase 20 milhões de estudantes foram inscritos. Esses atletas fizeram a 1ª etapa no dia 5 de junho e os classificados para a 2ª etapa fizeram a prova no último dia 15 de setembro. No dia 30 de novembro, os resultados serão divulgados e os medalhistas poderão comemorar uma vitória digna de nota.

Aqui no DF, cerca de 260 mil estudantes de escolas públicas estão participando da 8ª Olimpíada Brasileira de Matemática, e os resultados alcançados são positivos. Esses resultados vão se transformar em objetivos de vida, em profissionais mais bem preparados e em boas lembranças, como a que Marina vai levar para sempre da cerimônia de premiação da 7ª Obmep: “Ir ao Rio de Janeiro para a premiação foi muito legal. A gente foi com tudo pago e o hotel era bem chique. A premiação foi no Teatro Municipal, que é lindo. Eu fiquei me achando uma princesa. Parecia que eu estava em um livro do José de Alencar. Eu fiquei muito feliz. Estava lá o ministro da Ciência e Tecnologia, o da Educação também, e a presidente Dilma. Tivemos a entrega das medalhas e ela tirou foto com todo mundo.”

Anna Cristina

Tabela 1: Inscrições nacionais


Edições
Escolas
Alunos
2005
31.030
10.520.830
2006
32.655
14.181.705
2007
38.450
17.341.732
2008
40.397
18.326.029
2009
43.854
19.198.710
2010
44.717
19.665.240
2011
44.679
18.714.771
2012
46.728
19.166.371


Tabela 2: Inscrições no DF


OBMEP
Alunos
inscritos
Escolas
inscritas
Ouro
Prata
Bronze
Menção
honrosa
Total
2005
97.130
187
7
15
15
306
343
2006
167.508
201
9
15
15
487
526
2007
195.380
218
11
16
35
509
571
2008
214.140
227
14
32
31
598
675
2009
233.698
237
15
30
50
670
765
2010
257.539
244
37
29
51
615
732
2011
252.783
248
37
44
54
466
601
2012
259.744
248