CULTURA
Este ano o tradicional festival de
Brasília teve novidades como um novo local e empate no prêmio de melhor filme
O
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em sua quadragésima quinta edição,
teve como homenageado um de seus criadores, Paulo Emílio Sales Gomes,
historiador e crítico de cinema considerado responsável pela tradição da
linguagem audiovisual dos festivais do Brasil. Além de contar com exibições
espalhadas em outras cidades administrativas como Gama, Ceilândia e Taguatinga,
o festival foi apresentado em uma nova casa, o Teatro Nacional. Neste ano, o
espaço Cinebrasília não foi utilizado, devido a reforma feita pelo governo no local e e por já concentrar a Fest Fac, evento que comemora os 22 anos do surgimento do Fundo de
Apoio à Cultura.
Na
primeira noite da mostra de filmes, o evento foi somente para convidados. Já na
segunda noite o evento passou a ser aberto para o público. Conforme a Lei
Rouanet, a Lei Federal de Incentivo à Cultura que institui políticas públicas
para a Cultura Nacional, como o PRONAC, Programa Nacional de Apoio à Cultura. A
mostra competitiva de cada dia do festival é de três curtas e dois longas. Que
este ano trouxe também uma novidade:
“Este ano o Festival de Brasília do Cinema
Brasileiro adotou em pé de igualdade a mesma quantidade de exibição dos gêneros
ficção e documentário que até então este
era prejudicado.” diz Vladimir
Carvalho, diretor do documentário “Rock Brasília”, um dos mais importantes
cineastas de Brasília, em especial do gênero documentário.
No quinto
dia de mostra de filmes, o clima da capital federal foi suavizado pela chuva e
que mesmo assim, não diminuiu o público presente no Festival. Os filmes que
foram exibidos, em duas sessões (uma às 19h e outra às 21h) foram: “Empurrando
o Dia” (curta) de Felipe Chimicatti, Pedro Carvalho e Rafael Bottaro,
“Doméstica” (longa) de Gabriel Mascaro, “Valquíria” (curta, animação) de Luiz
Henrique Marques, “Eu Nunca Deveria Ter Voltado” (curta) de Eduardo Morotó,
Marcelo Martins Santiago e Renan Brandão e “Era Uma Vez Eu, Verônica” (longa)
de Marcelo Gomes, um dos vencedores de melhor Filme da categoria
Longa-metragem, que desde então já era um dos favoritos para melhor filme.
Evandro,
um dos espectadores presentes na quinta noite da mostra de filmes, espera uma
melhora na exibição de novos filmes e na premiação.
“Neste ano, a minha expectativa é que os
filmes continuem melhorando e que a premiação chegue à um consenso ideal (em
relação à escolha dos filmes)”.
E falou também sobre a questão do horário de exibição dos filmes. “O que também posso falar é sobre o horário da sessão, já que o horário é único, deveria ter um horário diferente para facilitar, especialmente para quem quiser assistir os filmes e ir embora de metrô.”
“O
teatro do cinema tem uma diferença em relação a arquitetura, bem diferente em
relação ao Cinebrasília (como também se refere ao tamanho da única sala do
Cinebrasília comparando a sala Villa-Lobos, usada para a exibição dos filmes no
Teatro Nacional) por ser um espaço maior e localizado bem no coração de
Brasília.”
E falou
sobre o público variado presente em cada edição do Festival. “Eu acho
o público bem variável, alguns são bem populares, outros são de vanguarda, só
que os filmes de vanguarda não são compreendidos e os filmes populares tendem a
ser escolhidos pelo júri do festival para serem premiados.”
A noite
de Premiação, que assim como a abertura, foi também somente para convidados, mas foi bastante emocionante para os
concorrentes . Foram distribuídos em
prêmios R$ 635 mil para os vencedores do Festival, mas o prêmio mais esperado
da noite de valor de R$ 250 mil e o prêmio Candango, que neste ano contemplou dois
longas-metragens, ambos pernambucanos, “ Era uma vez eu, Verônica", sob direção de
Marcelo Gomes e estrelado por Hermila Guedes, que protagonizou e encantou o público conhecido como altamente
crítico.
O Filme retrata a crise de identidade da
personagem Verônica, uma recém-formada
em psiquiatria que questiona tudo
a todo momento. O outro filme contemplado foi “ Eles Voltam” de Marcelo Lordello. A trama
envolveu os críticos e o público do
festival , história de uma garotinha de 12 anos, vivida pela atriz Maria Luiza
Tavares que vive aventuras com seu irmão depois de serem abandonados pelos seu
pais durante uma viagem. Outros dois Curtas-metragens que também foram destaques no Festival foi “Mão que Afaga” de Gabriela
Amaral Almeida , que ganhou o como melhor atriz e outros prêmios e “Meu Amigo
Nietzsche” que rendeu melhor direção, roteiro e curta-metragen -ficção. O
Festival acabou com um coquetel para os
demais convidados e depois de estendeu ao bom som de dj´s na área externa do
Teatro Nacional marcando e cumprindo mais um ano e a quadragésima quinta edição
do Festival mais tradicional do Brasil.
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