quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Deu dobradinha pernambucana no prêmio mais esperado do 45° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

CULTURA


Este ano o tradicional festival de Brasília teve novidades como um novo local e empate no prêmio de melhor filme


O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em sua quadragésima quinta edição, teve como homenageado um de seus criadores, Paulo Emílio Sales Gomes, historiador e crítico de cinema considerado responsável pela tradição da linguagem audiovisual dos festivais do Brasil. Além de contar com exibições espalhadas em outras cidades administrativas como Gama, Ceilândia e Taguatinga, o festival foi apresentado em uma nova casa, o Teatro Nacional. Neste ano, o espaço Cinebrasília não foi utilizado, devido a reforma feita pelo governo no local e e por já concentrar a Fest Fac, evento que comemora os 22 anos do surgimento do Fundo de Apoio à Cultura.
 
Na primeira noite da mostra de filmes, o evento foi somente para convidados. Já na segunda noite o evento passou a ser aberto para o público. Conforme a Lei Rouanet, a Lei Federal de Incentivo à Cultura que institui políticas públicas para a Cultura Nacional, como o PRONAC, Programa Nacional de Apoio à Cultura. A mostra competitiva de cada dia do festival é de três curtas e dois longas. Que este ano trouxe também uma novidade:
 
“Este ano o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro adotou em pé de igualdade a mesma quantidade de exibição dos gêneros ficção e documentário que até então  este era  prejudicado.” diz Vladimir Carvalho, diretor do documentário “Rock Brasília”, um dos mais importantes cineastas de Brasília, em especial do gênero documentário.
                                                                               
No quinto dia de mostra de filmes, o clima da capital federal foi suavizado pela chuva e que mesmo assim, não diminuiu o público presente no Festival. Os filmes que foram exibidos, em duas sessões (uma às 19h e outra às 21h) foram: “Empurrando o Dia” (curta) de Felipe Chimicatti, Pedro Carvalho e Rafael Bottaro, “Doméstica” (longa) de Gabriel Mascaro, “Valquíria” (curta, animação) de Luiz Henrique Marques, “Eu Nunca Deveria Ter Voltado” (curta) de Eduardo Morotó, Marcelo Martins Santiago e Renan Brandão e “Era Uma Vez Eu, Verônica” (longa) de Marcelo Gomes, um dos vencedores de melhor Filme da categoria Longa-metragem, que desde então já era um dos favoritos para melhor filme.
 
Evandro, um dos espectadores presentes na quinta noite da mostra de filmes, espera uma melhora na exibição de novos filmes e na premiação.
 
 “Neste ano, a minha expectativa é que os filmes continuem melhorando e que a premiação chegue à um consenso ideal (em relação à escolha dos filmes)”.

E falou também sobre a questão do horário de exibição dos filmes. “O que também posso falar é sobre o horário da sessão, já que o horário é único, deveria ter um horário diferente para facilitar, especialmente para quem quiser assistir os filmes e ir embora de metrô.”
 

Diferentemente de muitas pessoas que não ficaram satisfeitas com o local do Quadragésimo quinto Festival de Cinema de Brasília do Cinema Brasileiro, Gustavo, estudante de cinema do IESB e que aproveitou a quinta noite da mostra para assistir os filmes, falou sobre a diferença do Cinebrasília para o Teatro Nacional.
 
O teatro do cinema tem uma diferença em relação a arquitetura, bem diferente em relação ao Cinebrasília (como também se refere ao tamanho da única sala do Cinebrasília comparando a sala Villa-Lobos, usada para a exibição dos filmes no Teatro Nacional) por ser um espaço maior e localizado bem no coração de Brasília.
 
E falou sobre o público variado presente em cada edição do Festival. “Eu acho o público bem variável, alguns são bem populares, outros são de vanguarda, só que os filmes de vanguarda não são compreendidos e os filmes populares tendem a ser escolhidos pelo júri do festival para serem premiados.”
 
A noite de Premiação, que assim como a abertura, foi também somente para convidados, mas foi bastante emocionante para os concorrentes .  Foram distribuídos em prêmios R$ 635 mil para os vencedores do Festival, mas o prêmio mais esperado da noite de valor de R$ 250 mil e o prêmio Candango,  que neste ano contemplou dois longas-metragens, ambos pernambucanos, “ Era uma vez eu, Verônica", sob direção de Marcelo Gomes e estrelado por Hermila Guedes, que protagonizou e  encantou o público conhecido como altamente crítico. 
 
O Filme retrata a crise de identidade da personagem Verônica, uma recém-formada  em psiquiatria  que questiona tudo a todo momento. O outro filme contemplado foi “ Eles Voltam” de Marcelo Lordello. A trama envolveu os críticos  e o público do festival , história de uma garotinha de 12 anos, vivida pela atriz Maria Luiza Tavares que vive aventuras com seu irmão depois de serem abandonados pelos seu pais durante uma viagem. Outros dois Curtas-metragens  que também foram destaques  no Festival foi “Mão que Afaga” de Gabriela Amaral Almeida , que ganhou o como melhor atriz e outros prêmios e “Meu Amigo Nietzsche” que rendeu melhor direção, roteiro e curta-metragen -ficção. O Festival acabou com um coquetel  para os demais convidados e depois de estendeu ao bom som de dj´s na área externa do Teatro Nacional marcando e cumprindo mais um ano e a quadragésima quinta edição do Festival mais tradicional do Brasil.
 

 Luiz Fernando e Nayara Andrade



Nenhum comentário:

Postar um comentário