Depois de 5 meses sem aulas, a UnB e outras
universidades federais retomaram as suas
atividades do primeiro semestre nesse mês de outubro, após os professores terem
entrado em greve. Enquanto os docentes reivindicaram por melhorias no seu
salário, os alunos tiveram que achar algo para fazer, sem comprometer seu
horário acadêmico por estarem dependentes do fim da greve.
Fellype Levi, estudante de Engenharia da UnB, disse
que tentou colocar a matéria que vinha estudando em dia, mas tem consciência de
que será prejudicado e o calendário de 2013 não será do jeito que espera. Já
Marcus Rodrigues, que também estuda na UnB, disse: "É importante que os
professores lutem por melhores salários e que procurem melhores condições de
trabalho, já que existem funcionários de nível médio no Senado, por exemplo,
que recebem mais que professores com doutorado. Mas quase 4 meses de greve
atrapalha a vida de todo mundo. O Governo Federal deveria ter dado mais atenção
à greve para não deixar que fossemos prejudicados dessa maneira. Na última
grande greve, viajei para o Maranhão e com uma semana que estava lá a greve
acabou. Também teve um caso de uma amiga que conseguiu um estágio durante a
greve e teve que contar com o bom senso da professora para não ser reprovada
por não poder vir as aulas que foram repostas".
Já Rafael Lustosa, estudante do 2º semestre de
engenharia de produção da UFMG, aproveitou o tempo sem aula de um jeito mais
produtivo, sem deixar sua paixão de lado. Foi assistir no estádio Independência
os jogos do seu time, Atlético-MG, e fez
um curso de Excel, para reforçar o que aprendeu até então no seu curso.
"Tenho amigos que pagam caro em universidades privadas, mas irão se formar
no tempo estabelecido. Já nós vamos atrasar anos até a nossa formação". O
estudante ainda ressalta que é com o tempo improdutivo que eles pagam um preço
caro, enquanto outros amigos de universidades privadas terão seu curso
concluído no período certo.
Renato Gomes
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